quinta-feira, 22 de novembro de 2018
terça-feira, 20 de novembro de 2018
Hemofilia
Hemofilia
A hemofilia é uma doença hereditária em que há uma falha no sistema de coagulação do sangue. Os acometidos pela doença apresentam hemorragias abundantes, mesmo em pequenos ferimentos.
Essa anomalia é condicionada por um gene recessivo Xh ligado ao sexo. O seu alelo dominante XH condiciona a normalidade.
A hemofilia é mais comum nos homens e rara entre as mulheres.
Se um homem hemofílico tiver filhos com uma mulher sem hemofilia (XH XH), os filhos não terão hemofilia. Porém, as filhas serão portadoras do gene (XH Xh)
O sistema RH de grupos sanguíneos
Um terceiro sistema de grupos sanguíneos foi descoberto a partir dos experimentos desenvolvidos por Landsteiner e Wiener, em 1940, com sangue de macaco do gênero Rhesus. Esses pesquisadores verificaram que ao se injetar o sangue desse macaco em cobaias, havia produção de anticorpos para combater as hemácias introduzidas.
Ao centrifugar o sangue das cobaias obteve-se o soro que continha anticorpos anti-Rh e que poderia aglutinar as hemácias do macaco Rhesus. As conclusões daí obtidas levariam a descoberta de um antígeno de membrana que foi denominado Rh (Rhesus), que existia nesta espécie e não em outras como as de cobaia e, portanto, estimulavam a produção anticorpos, denominados anti-Rh.
Há neste momento uma inferência evolutiva: se as proteínas que existem nas hemácias de vários animais podem se assemelhar isto pode ser um indício de evolução. Na espécie humana, por exemplo, temos vários tipos de sistemas sanguíneos e que podem ser observados em outras espécies principalmente de macacos superiores.
Analisando o sangue de muitos indivíduos da espécie humana, Landsteiner verificou que, ao misturar gotas de sangue dos indivíduos com o soro contendo anti-Rh, cerca de 85% dos indivíduos apresentavam aglutinação (e pertenciam a raça branca) e 15% não apresentavam. Definiu-se, assim, "o grupo sanguíneo Rh +” ( apresentavam o antígeno Rh), e "o grupo Rh -" (não apresentavam o antígeno Rh).
No plasma não ocorre naturalmente o anticorpo anti-Rh, de modo semelhante ao que acontece no sistema Mn. O anticorpo, no entanto, pode ser formado se uma pessoa do grupo Rh -, recebe sangue de uma pessoa do grupo Rh +. Esse problema nas transfusões de sangue não são tão graves, a não ser que as transfusões ocorram repetidas vezes, como também é o caso do sistema MN.
A Herança do Sistema Rh
Três pares de genes estão envolvidos na herança do fator Rh, tratando-se portanto, de casos de alelos múltiplos.
Para simplificar, no entanto, considera-se o envolvimento de apenas um desses pares na produção do fator Rh, motivo pelo qual passa a ser considerado um caso de herança mendeliana simples. O gene R, dominante, determina a presença do fator Rh, enquanto o gene r, recessivo, condiciona a ausência do referido fator.
Herança do Sexo 1 e 2
A herança ligada ao sexo refere-se aos genes localizados em cromossomos sexuais que estão envolvidos na determinação de características.
Na espécie humana, o cromossomo sexual masculino Y apresenta poucos genes. Já, o cromossomo sexual feminino X possui grande quantidade de genes envolvidos na determinação de várias características.
Os cromossomos XY apresentam pequenas regiões homólogas em suas extremidades. Assim, praticamente não há recombinação entre os seus genes.
Os genes localizados no cromossomo X que têm alelo correspondente no cromossomo Y, seguem o padrão da herança ligada ao sexo.
Assim, a herança ligada ao sexo está restrita aos cromossomos sexuais. Enquanto, a herança autossômica é a que ocorre nos cromossomos autossômicos.
Os tipos de herança ligada ao sexo são:
Herança ligada ao cromossomo X;Herança restrita ao sexo;Herança influenciada pelo sexo.Herança ligada ao cromossomo X
Quando o gene alterado está no cromossomo X. Esse tipo de herança tem o padrão recessivo.
É a herança materna. Nesse caso, os filhos homens herdam genes do cromossomo X apenas da mãe. Enquanto, as filhas mulheres herdam um do pai e outro da mãe.
As manifestações vão estar presentes nos machos pois apresentam apenas um cromossomo X, ou seja, não apresentam nenhum gene normal para aquela característica.
Um terceiro sistema de grupos sanguíneos foi descoberto a partir dos experimentos desenvolvidos por Landsteiner e Wiener, em 1940, com sangue de macaco do gênero Rhesus. Esses pesquisadores verificaram que ao se injetar o sangue desse macaco em cobaias, havia produção de anticorpos para combater as hemácias introduzidas.
Ao centrifugar o sangue das cobaias obteve-se o soro que continha anticorpos anti-Rh e que poderia aglutinar as hemácias do macaco Rhesus. As conclusões daí obtidas levariam a descoberta de um antígeno de membrana que foi denominado Rh (Rhesus), que existia nesta espécie e não em outras como as de cobaia e, portanto, estimulavam a produção anticorpos, denominados anti-Rh.
Há neste momento uma inferência evolutiva: se as proteínas que existem nas hemácias de vários animais podem se assemelhar isto pode ser um indício de evolução. Na espécie humana, por exemplo, temos vários tipos de sistemas sanguíneos e que podem ser observados em outras espécies principalmente de macacos superiores.
Analisando o sangue de muitos indivíduos da espécie humana, Landsteiner verificou que, ao misturar gotas de sangue dos indivíduos com o soro contendo anti-Rh, cerca de 85% dos indivíduos apresentavam aglutinação (e pertenciam a raça branca) e 15% não apresentavam. Definiu-se, assim, "o grupo sanguíneo Rh +” ( apresentavam o antígeno Rh), e "o grupo Rh -" (não apresentavam o antígeno Rh).
No plasma não ocorre naturalmente o anticorpo anti-Rh, de modo semelhante ao que acontece no sistema Mn. O anticorpo, no entanto, pode ser formado se uma pessoa do grupo Rh -, recebe sangue de uma pessoa do grupo Rh +. Esse problema nas transfusões de sangue não são tão graves, a não ser que as transfusões ocorram repetidas vezes, como também é o caso do sistema MN.
A Herança do Sistema Rh
Três pares de genes estão envolvidos na herança do fator Rh, tratando-se portanto, de casos de alelos múltiplos.
Para simplificar, no entanto, considera-se o envolvimento de apenas um desses pares na produção do fator Rh, motivo pelo qual passa a ser considerado um caso de herança mendeliana simples. O gene R, dominante, determina a presença do fator Rh, enquanto o gene r, recessivo, condiciona a ausência do referido fator.
Herança do Sexo 1 e 2
A herança ligada ao sexo refere-se aos genes localizados em cromossomos sexuais que estão envolvidos na determinação de características.
Na espécie humana, o cromossomo sexual masculino Y apresenta poucos genes. Já, o cromossomo sexual feminino X possui grande quantidade de genes envolvidos na determinação de várias características.
Os cromossomos XY apresentam pequenas regiões homólogas em suas extremidades. Assim, praticamente não há recombinação entre os seus genes.
Os genes localizados no cromossomo X que têm alelo correspondente no cromossomo Y, seguem o padrão da herança ligada ao sexo.
Assim, a herança ligada ao sexo está restrita aos cromossomos sexuais. Enquanto, a herança autossômica é a que ocorre nos cromossomos autossômicos.
Os tipos de herança ligada ao sexo são:
Herança ligada ao cromossomo X;Herança restrita ao sexo;Herança influenciada pelo sexo.Herança ligada ao cromossomo X
Quando o gene alterado está no cromossomo X. Esse tipo de herança tem o padrão recessivo.
É a herança materna. Nesse caso, os filhos homens herdam genes do cromossomo X apenas da mãe. Enquanto, as filhas mulheres herdam um do pai e outro da mãe.
As manifestações vão estar presentes nos machos pois apresentam apenas um cromossomo X, ou seja, não apresentam nenhum gene normal para aquela característica.
Sistema ABO de grupos sanguíneos
A herança dos tipos sanguíneos do sistema ABO constitui um exemplo de alelos múltiplos na espécie humana.
A descoberta dos grupos sanguíneos
Por volta de 1900, o médico austríaco Karl Landsteiner (1868 – 1943) verificou que, quando amostras de sangue de determinadas pessoas eram misturadas, as hemácias se juntavam, formando aglomerados semelhantes a coágulos. Landsteiner concluiu que determinadas pessoas têm sangues incompatíveis, e, de fato, as pesquisas posteriores revelaram a existência de diversos tipos sanguíneos, nos diferentes indivíduos da população.
Quando, em uma transfusão, uma pessoa recebe um tipo de sangue incompatível com o seu, as hemácias transferidas vão se aglutinando assim que penetram na circulação, formando aglomerados compactos que podem obstruir os capilares, prejudicando a circulação do sangue.
Aglutinogênios e aglutininas
No sistema ABO existem quatro tipos de sangues: A, B, AB e O. Esses tipos são caracterizados pela presença ou não de certas substâncias na membrana das hemácias, os aglutinogênios, e pela presença ou ausência de outras substâncias, as aglutininas, no plasma sanguíneo.
Existem dois tipos de aglutinogênio, A e B, e dois tipos de aglutinina, anti-A e anti-B. Pessoas do grupo A possuem aglutinogênio A, nas hemácias e aglutinina anti-B no plasma; as do grupo B têm aglutinogênio B nas hemácias e aglutinina anti-A no plasma; pessoas do grupo AB têm aglutinogênios A e B nas hemácias e nenhuma aglutinina no plasma; e pessoas do gripo O não tem aglutinogênios na hemácias, mas possuem as duas aglutininas, anti-A e anti-B, no plasma.
Determinação dos grupos sanguíneos utilizando soros anti-A e anti-B.
Amostra 1- sangue tipo A.
Amostra 2 - sangue tipo B.
Amostra 3 - sangue tipo AB.
Amostra 4 - sangue tipo O.
Veja na tabela abaixo a compatibilidade entre os diversos tipos de sangue:
Como ocorre a Herança dos Grupos Sanguíneos no Sistema ABO?
A produção de aglutinogênios A e B são determinadas, respectivamente, pelos genes I A e I B. Um terceiro gene, chamado i, condiciona a não produção de aglutinogênios. Trata-se, portanto de um caso de alelos múltiplos. Entre os genes I Ae I B há co-dominância (I A = I B), mas cada um deles domina o gene i (I A > i e I B> i).
A partir desses conhecimentos fica claro que se uma pessoa do tipo sanguíneo A recebe sangue tipo B as hemácias contidas no sangue doado seriam aglutinadas pelas aglutininas anti-B do receptor e vice-versa.
O sistema MN de grupos sanguíneos
Dois outros antígenos foram encontrados na superfície das hemácias humanas, sendo denominados M e N. Analisando o sangue de diversas pessoas, verificou-se que em algumas existia apenas o antígeno M, em outras somente o N e várias pessoas possuíam os dois antígenos. Foi possível concluir então que existiam três grupos nesse sistema: M, N e MN.
Os genes que condicionam a produção desses antígenos são apenas dois: L M e L N(a letra L é a inicial do descobridor, Landsteiner). Trata-se de uma caso de herança mendeliana simples. O genótipo L ML M, condiciona a produção do antígeno M, e L NL N, a do antígeno N. Entre L M e L N há co-dominância, de modo que pessoas com genótipo L ML N produzem os dois tipos de antígenos.
A produção de anticorpos anti-M ou anti-Nocorre somente após sensibilização (você verá isso no sistema RH). Assim, não haverá reação de incompatibilidade se uma pessoa que pertence ao grupo M, por exemplo, receber o sangue tipo N, a não ser que ela esteja sensibilizada por transfusões anteriores.
Probabilidade
PROBABILIDADES
Acredita-se que um dos motivos para as ideias de Mendel permanecerem incompreendidas durante mais de 3 décadas foi o raciocínio matemático que continham.
Mendel partiu do princípio que a formação dos gametas seguia as leis da probabilidade, no tocante a distribuição dos fatores.
Probabilidade é a chance que um evento tem de ocorrer, entre dois ou mais eventos possíveis. Por exemplo, ao lançarmos uma moeda, qual a chance dela cair com a face “cara” voltada para cima? E em um baralho de 52 cartas, qual a chance de ser sorteada uma carta do naipe ouros?
Veja a seguir as probabilidades de ocorrência de alguns eventos aleatórios. Tente explicar por que cada um deles ocorre com a probabilidade indicada.
A probabilidade de sortear uma carta de espadas de um baralho de 52 cartas é de ¼A probabilidade de sortear um rei qualquer de um baralho de 52 cartas é de 1/13.A probabilidade de sortear o rei de espadas de um baralho de 52 cartas é de 1/52.
A formação de um determinado tipo de gameta, com um outro alelo de um par de genes, também é um evento aleatório. Um indivíduo heterozigoto Aa tem a mesma probabilidade de formar gametas portadores do alelo A do que de formar gametas com o alelo a (1/2 A: 1/2 a).
Leis de Mendel
1° Lei de Mendel
Gregor Johan Mendel foi um monge agostiniano nascido no ano de 1822 que se interessou em explicar como as características dos pais são transmitidas a seus descendentes. Conhecido como o pai da genética, Mendel realizou todas as suas pesquisas sobre hereditariedade com ervilhas de cheiro (Pisum sativa), escolha que foi uma das razões de seu sucesso com suas pesquisas, pois essa leguminosa apresenta diversas vantagens como fácil cultivo, produção de grande quantidade de sementes, ciclo de vida curto, além de características contrastantes e de fácil identificação. Outro fato que contribuiu para o sucesso das pesquisas de Mendel foi que ele analisou apenas uma característica de cada vez, sem se preocupar com as demais características.
Em seus experimentos, Mendel teve o cuidado de utilizar apenas plantas de linhagens puras, por exemplo, plantas de sementes verdes que só originassem sementes verdes e plantas de sementes amarelas que só originassem sementes amarelas. Você deve estar se perguntando, como Mendel sabia que as plantas eram puras? Pois bem, para que ele tivesse certeza de qual planta era pura, ele as observava durante seis gerações, período de aproximadamente dois anos. Se durante essas gerações as plantas originassem indivíduos diferentes da planta inicial, elas não eram consideradas puras, mas se ocorresse o contrário e elas só originassem descendentes com as mesmas características da planta inicial, eram consideradas puras.
Uma vez constatado que as plantas eram puras, Mendel escolheu uma característica, por exemplo, plantas puras de sementes amarelas com plantas puras de sementes verdes, e realizou o cruzamento. Essa primeira geração foi chamada de geração parental ou geração P. Como resultado desse cruzamento, Mendel obteve todas as sementes de cor amarela e a essa geração denominou de geração F1. Os indivíduos obtidos nesse cruzamento foram chamados por Mendel de híbridos, pois eles descendiam de pais com características diferentes.
Em seguida, Mendel realizou uma autofecundação entre os indivíduos da geração F1, chamando essa segunda geração de geração F2. Como resultado dessa autofecundação, Mendel obteve três sementes amarelas e uma semente verde (3:1). A partir dos resultados obtidos, Mendel concluiu que como a cor verde não apareceu na geração F1, mas reapareceu na geração F2, as sementes verdes tinham um fator que era recessivo, enquanto as sementes amarelas tinham um fator dominante. Por esse motivo, Mendel chamou as sementes verdes de recessivas e as sementes amarelas de dominantes.
Em diversos outros experimentos, Mendel observou características diferentes na planta, como altura da planta, cor da flor, cor da casca da semente, e notou que em todas elas algumas características sempre se sobressaíam às outras.
Diante desses resultados, Mendel pôde concluir que:
→ Cada ser vivo é único e possui um par de genes para cada característica;
→ As características hereditárias são herdadas metade do pai e metade da mãe;
→ Os genes são transmitidos através dos genes;
→ Os descendentes herdarão apenas um gene de cada característica de seus pais, ou seja, para uma determinada característica, haverá apenas um gene do par, tanto da mãe quanto do pai.
Dessa forma, podemos enunciar a primeira lei de Mendel, também chamada de lei da segregação dos fatores da seguinte forma: “Todas as características de um indivíduo são determinadas por genes que se segregam, separam-se, durante a formação dos gametas, sendo que, assim, pai e mãe transmitem apenas um gene para seus descendentes”.
2° Lei de Mendel
A Segunda Lei de Mendel, também chamada de Lei da Segregação Independente, estabelece que “os fatores (alelos) para duas ou mais características se distribuem independentemente durante a formação dos gametas e se combinam ao acaso”. Gregor Mendel foi capaz de realizar essas afirmações após estudar dois caracteres ao mesmo tempo.
→ Experimentos de Mendel
Como sabemos, Mendel realizou seus experimentos utilizando ervilhas, as quais possuem várias características que podem ser analisadas. Inicialmente ele estudou apenas uma característica por vez, o que o ajudou na formulação da primeira lei. Posteriormente, ele analisou duas características ao mesmo tempo.
Com base nessas informações, Mendel realizou o cruzamento de duas variedades puras com características diferentes: um indivíduo amarelo e liso e outro verde e rugoso. Ao cruzar esses indivíduos, Mendel obteve na geração F1 indivíduos heterozigotos para as duas características VvRr. Esses indivíduos eram, portanto, di-híbridos.
Mendel então realizou o cruzamento das plantas da geração F1 para compreender como ocorria a transmissão das características. Ele pretendia descobrir se os alelos V e R eram herdados sempre juntos ou de forma independente.
Ao realizar o cruzamento entre os indivíduos da F1, ele percebeu que, na descendência F2, obteve resultados que estavam próximos à proporção fenotípica 9:3:3:1. Com essa proporção, ele compreendeu que os alelos segregavam-se de maneira independente, uma vez que surgiram mais variações que o esperado se a segregação fosse dependente (observe a figura abaixo).
Mendel testou as várias características das ervilhas, obtendo sempre algo em torno da proporção de 9:3:3:1. Esses vários experimentos foram fundamentais para Mendel compreender que os alelos segregam-se de maneira independente durante a formação do gameta.
Atenção: Essa lei é aplicada apenas para aqueles genes que estão localizados em cromossomos não homólogos ou ainda para aqueles que estão distantes uns dos outros.
quinta-feira, 16 de agosto de 2018
quarta-feira, 15 de agosto de 2018
Cromossomo,Gene e DNA
Cromossomo,Gene e DNA.
Genética é a ciência que estuda a transmissão das características hereditárias ao longo das gerações. Por volta de 1986, Gregor Mendel postulou duas Leis que serviriam como ponto de partida e até hoje são a base do estudo da hereditariedade. Abordaremos neste tema alguns conceitos básicos da genética que irão auxiliar no entendimento de outros conteúdos sobre o assunto.
Cromossomo X Gene X DNA
A molécula de ácido desoxirribonucleico (DNA) carrega todas as informações e características genéticas dos seres vivos. Os cromossomos são constituídos por uma longa fita de DNA que se enovelam com uma proteína, denominada histona. Os cromossomos estão organizados aos pares no interior do núcleo das células diploides (2n) e cada par é denominado cromossomo homólogo. O conjunto de cromossomos de uma célula forma o cariótipo, onde em seres humanos, 22 pares correspondem aos cromossomos autossomos e 1 par aos cromossomos sexuais.
Os fragmentos de DNA em um cromossomo são denominados genes, responsáveis pela síntese de uma proteína específica que condiciona um caráter, como por exemplo, a cor dos olhos. Em um cromossomo homólogo, os pares de genes localizados no mesmo local, ou melhor, locus gênico, que determina o mesmo caráter, são denominados genes alelos. Genoma é o conjunto de todos os genes em um organismo.
GENE
Genótipo X FenótipoO genótipo corresponde ao conjunto total de genes de um indivíduo. Entretanto, o fenótipo são as características determinadas pelo genótipo manifestadas pelo indivíduo, como por exemplo, o tipo sanguíneo. O fenótipo pode ser alterado pelo meio, ou seja, os fatores ambientais, como, por exemplo, a mudança na coloração dos pelos em coelhos himalaios em função da temperatura do ambiente. À baixa temperatura (5ºC), os coelhos apresentam coloração preto e branco, enquanto que, ao elevar a temperatura para 20ºC, os coelhos ficam com coloração apenas branca.
Homozigose X Heterozigose
Os genes alelos quando se apresentam iguais num certo locus são denominados homozigotos, sendo considerados puros para um caráter e são representados por duas letras iguais, por exemplo, AA ou aa. Entretanto, quando os genes alelos são diferentes, estes são denominados heterozigotos, sendo considerados híbridos para um caráter e são representados por duas letras diferentes, por exemplo Aa.
Gene dominante X Gene recessivo
O gene dominante é aquele que determina o mesmo fenótipo, tanto em homozigose (AA) como em heterozigose (Aa). O gene recessivo só se expressa com os alelos em homozigose (aa). Logo, os alelos podem ser representados:
AA – homozigoto dominantes
aa – homozigoto recessivo
Aa - heterozigoto
O gene dominante bloqueia totalmente a atividade do seu alelo recessivo, de maneira que apenas o caráter condicionado pelo gene dominante se manifesta.Nesses casos, portanto, um indivíduo heterozigoto(Aa) exibirá o mesmo fenótipo do homozigoto(AA). Tal fenômeno é chamado de dominância completa.
Mas existem casos em que o gene interage com seu alelo, de maneira que o híbrido ou o heterozigoto apresenta um fenótipo diferente e intermediário em relação aos pais homozigotos ou então expressa simultaneamente os dois fenótipos paternos.Fala-se, então, de ausência de dominância.
Podemos identificar dois tipos básicos de ausência de dominância, cujos os estudos foram desenvolvidos em épocas posteriores á de Mendel:a herança intermediária e co-dominância.
Herança intermediária
A herança intermediária é o tipo de dominância em que o indíviduo heterozigoto exibe um fenótipo diferente e intermediário em relação aos genitores homozigotos.Vejamos os seguintes exemplos:
Exemplo 1. A planta ""maravilha"" (Mirabilis jalapa) apresenta duas variedades básicas para a coloração das flores: a variedade alba(com flores brancas) e a variedade rubra (com flores vermelhas). chamando o gene que condiciona flores brancas de B e o gene para flores vermelhas de V, o genótipo de uma planta com flores brancas é BB, e o genótipo de uma planta com flores rubras é VV. Cruzando-se esses dois tipos de plantas (VV X BB), os descendentes seram todos VB; as flores dessas plantas (VB) seram rosas, isto é, exibirão um fenótipo intermediário em relação aos fenótipos paternais(flores vermelhas e brancas).
Exemplo 2. Nas galinhas de raça andaluza, o cruzamento de um galo de plumagem preta(PP) com uma galinha de plumagem branca(BB) produz descendentes com plumagem azulada (PB). Percebe-se então que a interação do gene para a plumagem preta(P) com o gene para plumagem branca(B) determina o surgimento de um fenótipo intermediário(plumagem azulada).
Co-dominância
A co-dominância é o tipo de ausência de dominância em que o indíviduo heterozigoto expressa simultaneamente os dois fenótipos paternos.Como exemplo podemos considerar da cor da pelagem em bovinos da raça Shorthon: os indivíduos homozigotos AA tem pelagem vermelha; os homozigotos BB tem pelagem branca;e os heterozigotos AB têm pêlos brancos e pêlos vermelhos alternadamente distribuídos.
Embriologia: as fases do desenvolvimento embrionário
Embriologia: as fases do desenvolvimento embrionário
A embriologia estuda o processo de formação e desenvolvimento do indivíduo desde o zigoto até o nascimento. Ao longo do crescimento embrionário alguns genes são ativados e outros desativados. Dessa maneira surge a diferenciação celular, ou seja, tipos celulares com formatos e funções distintos, que organizam os diversos tecidos e posteriormente formarão os órgãos.
Na espécie humana as principais fases do desenvolvimento do embrião são a clivagem ou segmentação, gastrulação e organogênese.
Durante a clivagem as divisões mitóticas são rápidas e dão origem as células chamadas blastômeros. Diante da velocidade com que as células se dividem, o embrião apresenta aumento do número delas, mas não de tamanho.
O primeiro estágio da clivagem é a mórula, um maciço celular originado entre o terceiro e quarto dia após a fecundação. Na segunda e última etapa ocorre a blástula, onde as células delimitam uma cavidade interna chamada blastocele cheia de um líquido produzido pelas próprias células.
Até a fase de blástula as células embrionárias são chamadas de células-tronco, que podem originar todos os diferentes tipos de célula do corpo. A partir da blástula, inicia a fase de gastrulação, onde o embrião começa a aumentar de tamanho e surge o intestino primitivo ou arquêntero e ocorre a diferenciação dos folhetos germinativos ou embrionários. Os folhetos darão origem aos diferentes tecidos do corpo e se dividem em ectoderme, endoderme e mesoderme.
Ectoderme: epiderme, unhas, pelos, córnea, cartilagem e ossos da face, tecidos conjuntivos das glândulas salivares, lacrimais, timo, tireóidea e hipófise, sistema nervoso, encéfalo e neurônios, entre outros. Endoderme: pâncreas, , sistema respiratório (exceto cavidades nasais), pulmões, fígado e epitélio da bexiga urinária, entre outros. Mesoderme: derme da pele, músculos, cartilagens e ossos (exceto da face), medula óssea, rim, útero, coração, sangue, entre outros.
Embriologia-Tipos de óvulos e segmentação
Embriologia-Tipos de óvulos e segmentação.
A embriologia é a parte da Biologia que estuda o desenvolvimento dos embriões animais. Há grandes variações, visto que os animais invertebrados e vertebrados apresentam muitos diferentes aspectos e níveis evolutivos.
Em Biologia o desenvolvimento envolve diversos aspectos:
a) multiplicação de células, através de mitoses sucessivas.b) crescimento, devido ao aumento do número de células e das modificações volumétricas em cada uma delas.c) diferenciação ou especialização celular, com modificações no tamanho e forma das células que compõem os tecidos. Essas alterações é que tornam as células capazes de cumprir sua funções biológicas.Através da fecundação ocorre o encontro do gameta masculino (espermatozoide) com o feminino (óvulo), o que resulta na formação do zigoto ou célula-ovo (2n).Após essa fecundação o desenvolvimento embrionário apresenta as etapas de segmentação que vão do zigoto até o estágio de blástula. Muitas vezes há um estágio intermediário, a mórula.A gastrulação é o período de desenvolvimento de blástula até a formação da gástrula, onde começa o processo de diferenciação celular, ou seja, as células vão adquirindo posições e funções biológicas específicas.No período de organogênese, há formação dos órgãos do animal, estágio em que as células que compõem os respectivos tecidos se apresentarão especializadas.Os óvulos são gametas femininos que serão classificados em função das diferentes quantidades de vitelo (reservas nutritivas) e das suas variadas formas de distribuição no interior do citoplasma. Essas duas características determinam aspectos diferentes no desenvolvimento embrionário.
Tipos de Óvulos e Ocorrência.
Os óvulos oligolécitos, isolécitos ou alécitos apresentam pequena quantidade de vitelo, distribuído de maneira mais ou menos uniforme no citoplasma. Nos mamíferos podem ser chamados de metalécitos.
Óvulos telolécitos com diferenciação polar incompleta, heterolécitos ou mediolécitos apresentam quantidade média de vitelo com distribuição desigual nos dois polos citoplasmáticos. No polo animal, onde se localiza o núcleo, a quantidade de vitelo é menor que no polo vegetativo.
Nos óvulos telolécitos com diferenciação polar completa ou megalécitos, há grande quantidade de vitelo. No polo animal encontra-se o núcleo e o citoplasma e no polo vegetativo concentra-se o vitelo.
Os óvulos centrolécitos concentram uma parte do seu vitelo no centro do citoplasma, ao redor do núcleo e a outra parte na periferia citoplasmática.
Segmentação ou clivagem.
A partir do zigoto, as mitoses vão formando blastômeros, que são células indiferenciadas. Esse período vai até a formação da blástula. Nos óvulos oligolécitos e heterolécitos ocorre também a passagem por um estágio intermediário que é a mórula.No estágio de blástula o embrião apresenta-se uma camada de células (blastoderme) que envolve uma cavidade central(blastocele).
A segmentação depende da quantidade de vitelo e sua respectiva distribuição:
a) Segmentação total ou holoblástica.
O zigoto faz divisão total, por apresentar pequena quantidade de vitelo. Essa segmentação pode ser:
total e igual = aquela em que os blastômeros resultantes têm igual tamanho. Ocorre em ovos oligolécitos, como o dos equinodermos (ouriço-do-mar).
Total e desigual = caracterizada por apresentar blastômeros de tamanhos diferentes. Formam-se blastômeros de pequeno tamanho ou micrômeros e blastômeros de maior tamanho, os macrômeros. Essa forma de segmentação ocorre em ovos heterolécitos.
b) Segmentação parcial ou meroblástica.
O zigoto realiza divisão parcial. Ocorre nos ovos com muito vitelo. Nesse caso o polo vegetativo, onde se localiza o vitelo, não entra em divisão. Essa segmentação pode ser de dois tipos:
parcial discoidal = ocorre em ovos megalécitos, como em répteis e aves. A segmentação atinge apenas a região do polo animal.
Os blastômeros resultantes dessa segmentação formam um disco denominado blastodisco, a partir do qual posteriormente se formará o embrião.
Parcial superficial = ocorre nos ovos centrolécitos, como os dos insetos. O núcleo vai se dividindo sucessivamente e os núcleos resultantes migram para a periferia do ovo. Nesse local são formadas as membranas celulares, apresentando-se uma camada de células, a blastoderme, que envolve a cavidade central.
Organogênese:
Essa etapa compreende a formação dos órgãos que constituem o animal a partir dos três folhetos germinativos ou embrionários. Resumidamente , destacamos abaixo a evolução de cada um dos três folhetos germinativos.
Ectoderme:
O folheto embrionário mais externo do embrião é chamado de ectoderme. Esse folheto embrionário dará origem à epiderme e seus anexos (como unhas e pelos), assim como as mucosas, sistema nervoso (afinal este deriva da placa neural, formada a partir de um achatamento na ectoderme localizada no dorso do embrião), esmalte dos dentes, hipófise, olhos, entre outros.
Mesoderme:
A mesoderme é o folheto embrionário intermediário da gástrula. A mesoderme dá origem à cavidade celomática. Sendo assim, formará três serosas tecidos que revestem e protegem órgãos e estruturas internas): peritônio (abdômen), pericárdio (coração) e pleura (pulmões). O folheto mesodérmico dá origem também aos músculos, tecidos conjuntivos (como o ósseo, o sanguíneo, a derme e as cartilagens), sistema cardiovascular e linfático, sistema urinário e genital, marfim dos dentes e região cortical das glândulas suprarrenais.
Endoderme:
A endoderme é o folheto embrionário mais interno da gástrula. É este folheto que forma o arquêntero – cavidade embrionária primitiva que dará origem ao sistema digestório. Dessa maneira, a endoderme forma os órgãos do sistema digestório e o seu revestimento epitelial, o sistema respiratório, glândulas como o fígado, pâncreas, timo, tireoide e paratireoides, assim como o revestimento da bexiga urinária.
Sistema reprodutor feminino
O Sistema Reprodutor Feminino.
O Sistema Reprodutor Feminino ou Aparelho Reprodutor Feminino é o sistema responsável pela reprodução humana.Ele cumpre diversos papéis importantes:produz os gametas femininos (óvulos) ;fornece um local apropriado para a ocorrência da fecundação;permite a implantação de embrião;oferece ao embrião condições para seu desenvolvimento;executa atividade motora suficiente para expelir o novo ser quando ele completa sua formação.
- O sistema reprodutor feminino é formado pelos seguintes órgãos: ovários, tubas uterinas, útero e vagina.
Ovários
Os ovários são dois órgãos de forma oval que medem de 3 a 4 cm de comprimento. Neles são produzidas as células sexuais femininas, os óvulos.
Assim, durante a fase fértil da mulher, aproximadamente uma vez por mês, um dos ovários lança um óvulo na tuba uterina: é a chamada ovulação.
Tubas Uterinas
Tubas uterinas são dois tubos, com aproximadamente 10 cm de comprimento, que unem os ovários ao útero. A partir disso, o óvulo amadurecido sai do ovário e penetra na tuba.
Se o óvulo for fecundado por um espermatozoide, forma-se uma célula-ovo ou zigoto, que se encaminha para o útero, local onde se fixa e desenvolve, originando um novo ser.
Útero
O útero é um órgão muscular oco de grande elasticidade, do tamanho e forma semelhante a uma pera. Na gravidez ele se expande, acomodando o embrião que se desenvolve até o nascimento. A mucosa uterina é chamada de endométrio.
Vagina
A vagina é um canal que faz a comunicação do útero com o meio excretor. Suas paredes são franjadas e com glândulas secretoras de muco.
Menstruação
A menstruação representa o início da vida fértil de uma mulher, isto é, o período em que a mulher atinge sua maturidade e já pode engravidar.
Corresponde, portanto, à eliminação pelo corpo feminino do material resultante da descamação da mucosa uterina e do sangue resultante do rompimento dos vasos sanguíneos. Ela ocorre quando não há fecundação do óvulo.
Ciclo Menstrual
O ciclo menstrual é o período entre o início de uma menstruação e outra. Esse período dura, em média, 28 dias, mas pode ser mais curto ou mais longo.
A primeira menstruação chama-se “menarca” e na maioria das vezes, ocorre entre os 12 e os 13 anos. Por volta dos 50 anos, fase é chamada de "menopausa", o óvulos se esgotam e cessam as menstruações e a fertilidade da mulher.
(Anatomia do sistema reprodutor feminino) |
A Ovogênese
Nos ovários, encontram-se agrupamentos celulares chamados folículos ovarianos de Graff, onde estão as células germinativas, que originam os gametas, e as células foliculares, responsáveis pela manutenção das células germinativas e pela produção dos hormônios sexuais femininos.Nas mulheres, apenas um folículo ovariano entra em maturação a cada ciclo menstrual, período compreendido entre duas menstruações consecutivas e que dura, em média, 28 dias. Isso significa que, a cada ciclo, apenas um gameta torna-se maduro e é liberado no sistema reprodutor da mulher.Os ovários alternam-se na maturação dos seus folículos, ou seja, a cada ciclo menstrual, a liberação de um óvulo, ou ovulação, acontece em um dos dois ovários.
A ovogênese é dividida em três etapas:
Fase de multiplicação ou de proliferação: É uma fase de mitoses consecutivas, quando as células germinativas aumentam em quantidade e originam ovogônias. Nos fetos femininos humanos, a fase proliferativa termina por volta do final do primeiro trimestre da gestação. Portanto, quando uma menina nasce, já possui em seus ovários cerca de 400 000 folículos de Graff. É uma quantidade limitada, ao contrário dos homens, que produzem espermatogônias durante quase toda a vida.
Fase de crescimento: Logo que são formadas, as ovogônias iniciam a primeira divisão da meiose, interrompida na prófase I. Passam, então, por um notável crescimento, com aumento do citoplasma e grande acumulação de substâncias nutritivas. Esse depósito citoplasmático de nutrientes chama-se vitelo, e é responsável pela nutrição do embrião durante seu desenvolvimento.
Terminada a fase de crescimento, as ovogônias transformam-se em ovócitos primários (ovócitos de primeira ordem ou ovócitos I). Nas mulheres, essa fase perdura até a puberdade, quando a menina inicia a sua maturidade sexual.
Fase de maturação: Dos 400 000 ovócitos primários, apenas 350 ou 400 completarão sua transformação em gametas maduros, um a cada ciclo menstrual. A fase de maturação inicia-se quando a menina alcança a maturidade sexual, por volta de 11 a 15 anos de idade.
A ligadura da Tuba Uterina.
A ligadura de tuba uterina é um método contraceptivo, usualmente adotado por mulheres que não desejam mais ter filhos, por ser um método, na maioria das vezes, definitivo – é considerado um procedimento de esterilização.
Alguns hospitais se recusam a fazer a laqueadura, como também é chamada, em mulheres que não são mães, visto que existem muitos casos de arrependimento - tanto é verdade que a maioria dos casais que procuram tratamentos de infertilidade
Sistema reprodutor masculino
Sistema Reprodutor Masculino
O Sistema Reprodutor Masculino é formado por órgãos internos e externos, que passam por um lento amadurecimento concluindo-se na puberdade, ou seja, quando as células sexuais ficam disponíveis para originar outro ser.
Os órgãos que compõem o sistema reprodutor masculino são: testículos, epidídimos, canais deferentes, vesículas seminais, próstata, uretra e pênis.
Testículos.
Os testículos são duas glândulas de forma oval, que estão situadas na bolsa escrotal. Na estrutura de cada testículo encontram-se tubos finos e enovelados chamados "tubos seminíferos".Nos testículos são produzidos os espermatozoides, as células reprodutoras (gametas) masculinas, durante o processo chamado espermatogênese, além de diversos hormônios.O principal hormônio é a testosterona, responsável pelo aparecimento das características sexuais secundárias masculinas, como os pelos, modificações da voz, etc.
Epidídimos
Os epidídimos são canais alongados que se enrolam e recobrem posteriormente a superfície de cada testículo. Corresponde ao local onde os espermatozoides, produzidos no testículo, são armazenados.
Canal Deferente
O canal deferente é um tubo fino e longo que sai de cada epidídimo. Passa pelas pregas ínguas (virilha) através dos canais inguinais, segue sua trajetória pela cavidade abdominal, circunda a base da bexiga, alarga-se formando uma ampola.
Recebe o líquido seminal (proveniente da vesícula seminal), atravessa a próstata, que nele descarrega o líquido prostático, e vai desaguar na uretra.
O conjunto dos espermatozoides, do líquido seminal e do líquido prostático, constitui o “esperma” ou “sêmen”.
Vesícula Seminal
A vesícula seminal é formada por duas pequenas bolsas localizadas atrás da bexiga. Sua função é produzir o "líquido seminal", uma secreção espessa e leitosa, que neutraliza a ação da urina e protege os espermatozoides, além de ajudar seu movimento até a uretra.
O líquido seminal também ajuda a neutralizar a acidez da vagina, evitando que os espermatozoides morram no caminho até os óvulos.
Próstata
A próstata é uma glândula, localizada sob a bexiga, que produz o "líquido prostático", uma secreção clara e fluida que integra a composição do esperma.
Uretra
A uretra é um canal que, nos homens, serve ao sistema urinário e ao sistema reprodutor. Começa na bexiga, atravessa a próstata e o pênis (sua maior porção) até a ponta da glande, onde há uma abertura pela qual são eliminados o sêmen a a urina.Importante ressaltar que urina e esperma nunca são eliminados ao mesmo tempo graças à musculatura da bexiga, na entrada da uretra, que impede que isso ocorra.
Pênis
O pênis é um órgão cilíndrico externo, que possui dois tipos de tecidos: cavernoso e esponjoso. Através do pênis são eliminados a urina (função excretora) e o sêmen (função reprodutora).
O tecido esponjoso envolve a uretra e a protege, enquanto o tecido cavernoso se enche de sangue, fazendo com que o pênis fique maior e duro (ereção), pronto para o ato sexual, geralmente levando à ejaculação (processo de expulsão do sêmen).
A ereção, no entanto, não ocorre apenas como preparação para uma atividade sexual, pode acontecer por diversos estímulos fisiológicos, por exemplo, quando a bexiga está cheia ou quando o homem tem um sonho à noite.
Doenças do Sistema
Reprodutor Masculino.
O câncer de próstata é um dos tipos mais diagnosticados em homens a partir dos 40 anos. Os sintomas são: ardência ao urinar, levantar-se várias vezes à noite para urinar, diminuição do jato urinário, sensação de não ter esvaziado completamente a bexiga após urinar, presença de sangue na urina, entre outros
Por outro lado, o câncer de testículo representa 1% dos cânceres masculinos sendo que o aparecimento de nódulos (caroços) é indolor. Dessa maneira, se notar alguma anormalidade, deve-se procurar um urologista (médico especialista nos sistemas urinário e renal e nos problemas sexuais masculinos.
Tipos de reprodução assexuada e sexuada
Tipos de reprodução
Assexuada e Sexuada.
Reprodução assexuada Divisão binária ou cissiparidade:
Nesta divisão, o organismo 1 se divide (meio a meio) e cada metade dele se regenera, formando assim dois descendentes.Fala-se em cissiparidade no caso de organismos pluricelulares bastante simples que são capazes de regenerar partes divididas.(Um exemplo clássico é a planária).
(Planária) |
Gemulação, gemiparidade ou brotamento:
Neste tipo de reprodução um broto se desenvolve no indivíduo e após um tempo se desprende, passando a ter uma vida independente. Podemos citar como exemplos de organismos que se reproduzem por brotamento os fungos, as hidras, as esponjas e até certas plantas.
Esporulação:
Os esporos (que são células reprodutoras assexuadas) são os responsáveis por originar novos organismos.
Partenogênese:
Quando um óvulo não é fecundado e a partir dele, ainda existe um desenvolvimento embrionário que posteriormente irá originar um novo indivíduo.
Reprodução sexuada Fecundação ou fertilização:
Forma mais comum de reprodução sexuada, consiste na fusão do gameta masculino com o feminino, formando o zigoto. Podendo ser externa ou interna, este meio de reprodução é o mais comum.
Propagação Vegetativa:
A propagação vegetativa é uma modalidade de reprodução assexuada típica dos vegetais. Na agricultura é comum a reprodução de plantas através de pedaços de caules (estaquia), é assim que propagamos cana-de-açúcar, mandioca, batatas, bananeiras, etc. Esse processo é possível porque o vegetal adulto possui tecidos meristemáticos (embrionários). Nesse tipo de propagação, os descendentes são geneticamente iguais à planta mãe.
Outra forma de propagar vegetativamente as plantas é a cultura de tecidos. A planta é reproduzida a partir de células meristemáticas das gemas que, cultivadas em laboratório, originam inúmeros exemplares idênticos à planta mãe.
Propagação vegetativa natural.
A propagação vegetativa natural envolve o desenvolvimento de uma nova planta a partir de partes de uma única planta adulta. As novas plantas crescem e se desenvolvem naturalmente sem intervenção humana. Uma habilidade importante que é fundamental para permitir a propagação vegetativa nas plantas é a capacidade de desenvolver raízes adventícias . Estas raízes surgem de estruturas de plantas diferentes da raiz, como caules ou folhas. Através da formação de raízes adventícias, novas plantas podem se desenvolver a partir de extensões dos caules, raízes ou folhas de uma planta-mãe. As hastes modificadas são muitas vezes a fonte de propagação vegetativa em muitas plantas. As estruturas de plantas vegetativas que surgem de hastes incluem rizomas, bulbos, tubérculos, cormos e brotos. As estruturas vegetativas que emanam de raízes incluem brotos e tubérculos.
A propagação vegetativa pode ocorrer naturalmente através do desenvolvimento de rizomas. Os rizomas são hastes modificadas que tipicamente crescem horizontalmente ao longo da superfície do solo ou no subsolo. Os rizomas são locais de armazenamento de substâncias como proteínas e amidos. À medida que os rizomas se estendem, raízes e brotos podem surgir ao longo de certos intervalos do rizoma e se transformar em novas plantas. Certas ervas, lírios, íris e orquídeas se propagam dessa maneira. O gengibre é um exemplo de plantas com rizomas comestíveis.
(Botão de rizoma de ‘Phyllostachys pubescens’ -bambu) |
Tipos básicos de reprodução
Tipos Básicos de Reprodução.
A principal divisão entre os tipos de reprodução é: a reprodução assexuada e a reprodução sexuada. Estas duas divisões consistem em:
Reprodução assexuada:
Também chamada de reprodução vegetativa, nesta os seres vivos possuem a capacidade de se reproduzirem por si só, sem a ajuda de outro da mesma espécie. Não há combinação gênica, já que não há contato entre dois da mesma espécie. Este tipo de reprodução possui vários meios, que serão abordados posteriormente.
Reprodução sexuada:
nada mais é do que o contrário da reprodução assexuada. Existe a combinação gênica – já que esta reprodução abrange a fecundação ou fertilização (a forma mais comum de reprodução sexuada) – e por isso, é considerada mais importante no quesito evolutivo, já que permite a variabilidade dos seres vivos. É o meio de reprodução do ser humano, por isso somos uma raça extremamente diversificada. Apesar de parecer simples, também possui vários meios de ocorrência.
-Existem apenas dois tipos de reprodução dos seres vivos. Porém, existem briófitas, pteridófitos e celenterados, que se reproduzem por um meio curioso: chamada de metagênese ou alternância de gerações, esta reprodução possui duas fases, a fase assexuada e a fase sexuada. Ou seja, estas espécies unem os dois tipos de reprodução.
Assinar:
Postagens (Atom)